A era do “me siga para mais dicas” acabou. E agora?

O marketing de conteúdo está mudando — e a frase “me siga para mais dicas” perdeu o efeito. Descubra o que funciona agora e como manter sua marca relevante.

TENDÊNCIAS E COMPORTAMENTO

Camila Frutuoso

7/17/20252 min read

Se você trabalha com comunicação, já percebeu: os feeds estão saturados. Dicas rápidas, fórmulas mágicas, frases motivacionais genéricas. O que antes chamava atenção agora é ignorado com rolagem rápida.

A audiência cansou. E isso é ótimo.

Porque agora só sobrevive quem consegue criar conteúdo com personalidade, profundidade e propósito.


O conteúdo virou commodity (e isso mudou o jogo)

Durante muito tempo, a regra era clara: entregue valor gratuito para atrair atenção. Mas o conceito de valor foi distorcido — e virou sinônimo de “qualquer coisa que traga engajamento”.

O resultado? Um mar de conteúdos iguais, feitos apenas para gerar curtidas — mas sem alma, sem ponto de vista, sem impacto real.

Em 2025, o diferencial está em quem ousa sair do básico, desafiar a audiência e criar conexões verdadeiras — mesmo que não viralize.


O novo valor: profundidade, opinião e vulnerabilidade

Não basta ensinar. É preciso questionar, provocar, emocionar, inspirar.

Conteúdo relevante hoje é aquele que:

  • traz opinião (mesmo que cause desconforto);

  • tem vulnerabilidade (mesmo que tire a armadura do especialista);

  • é específico (mesmo que não agrade todo mundo);

  • é autoral (mesmo que não tenha 10 mil likes).

Ou seja, conteúdo de verdade é aquele que tem a coragem de ser humano.


O fim do “siga para mais dicas” é o começo da autenticidade

A frase virou meme porque representa tudo que o público já viu demais. Ela denuncia um conteúdo feito mais para o algoritmo do que para pessoas.

Em vez disso, pense em:

  • mostrar a transformação que seu trabalho gera;

  • trazer bastidores, processos e aprendizados reais;

  • criar séries que aprofundem temas, não só resumos “Pinterestáveis”;

  • compartilhar o que você acredita — e o que você deixou de acreditar.

O que fazer agora?

  • Aposte em narrativas, não em fórmulas;

  • Humanize sua marca — sem medo de se posicionar;

  • Fale menos com o algoritmo, mais com sua audiência real;

  • Seja estratégico, mas nunca previsível.


No fim, o conteúdo que conecta é aquele que arrisca ser verdadeiro

Em um cenário cada vez mais automatizado, o que ainda toca as pessoas são vozes com alma. Chegou a hora de abandonar os atalhos e construir autoridade com base na verdade e consistência.

A era do “me siga para mais dicas” acabou.
Agora é sobre
me acompanhe porque faz sentido.